segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Proposto fim das raves em SP

Enquanto alguns deputados discutem formas de reduzir os danos causados pelo consumo de drogas, outros têm propostas mais radicais para as raves. Pelo menos dois projetos em tramitação na Assembléia Legislativa de São Paulo pretendem acabar com esse tipo de festa, se aprovados pelos parlamentares. O projeto de lei 1.346, do deputado estadual Gilmaci Santos (PRB), proíbe festas "com mais de 10 horas de duração" e "que apresentam música eletrônica, para aglomerado indiscriminado de pessoas não identificadas". Segundo o texto do projeto, quem ultrapassar o limite pode ser multado em até dez mil Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps), ou R$ 142.300. A definição de rave usada pelo parlamentar é tão curiosa quanto a justificativa para a escolha do período máximo estipulado para os eventos. "Quando eu era jovem, as festas iam das dez da noite às quatro da madrugada e eu já voltava acabado", disse. "Imagine você ficar 'ligado' - é assim que falam, né? - 15 a 20 horas? Para ficar todo esse tempo dançando e pulando tem que ter estimulante, que é bebida ou droga." Ao ser questionado se os freqüentadores não poderiam consumir as drogas em reuniões com menos de dez horas, Santos admitiu que a proposta tem falhas. "Não estou dizendo que meu projeto é perfeito. É para chamar a atenção para esse problema grave que nosso Estado está enfrentando. Estamos abertos a sugestões". Já o projeto de lei 1.329, do deputado Fernando Capez (PSDB), é mais sutil, mas tem o mesmo objetivo. A proposta proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas raves. Na verdade, a intenção não é apenas instalar a lei seca nas raves, mas, segundo o parlamentar, a idéia é acabar de uma vez com as raves. (das agências)

http://www.opovo.com.br/opovo/brasil/748499.html

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