segunda-feira, 25 de junho de 2007
Ainda sobre os ataques de Reinaldo Avezedo
Observando os argumentos do Reinaldo Azevedo, do blog da Veja, contra o projeto "baladaboa", ou contra os estudos acadêmicos sobre drogas, e enfim, contra as"drogas" entre aspas, considero que se deve reagir, ou melhor, contra-atacar, mostrando que o cerne da questão é combater o "direito positivo" do proibicionismo das drogas, que coloca, por exemplo, como criminosos os consumidores e vendedores de ecstasy, e, de outro lado, como cidadãos corretos e isentos, os que consomem e vendem whisky. Reinaldo é porta-voz desse "direito" de proibir algumas drogas, e aceitar outras, as drogas que ele usa e são "legais", é claro.
Este senhor do chapéu, o "Rei", como lhe chamam os comentaristas apaixonados pelo seu português correto (de manual de jornalismo), desqualifica o consumo do ecstasy e outras drogas, em última instância, pela tautologia "tostines": as drogas são ilegais porque são ruins ou são ruins porque são ilegais? O catedrático da Veja, confuso nesse raciocínio difícil, chega à conclusão rápida de que as drogas ilícitas sustentariam o tráfico e os monstros conhecidos como"traficantes". Os crimes (o senhor Rei do jornalismo não sabe disso?), quem os cometem são as pessoas, suas intenções e loucuras, quer seja sob estado ébrio ou excitado ou alucinado, ou asséptico, no mais alto graude ascetismo que possa haver.
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